08 de Julho de 2019

CRÔNICA

AMOR DA MINHA VIDA

(*) Por Acilea Pinto da Cunha


Ah...nossas saídas para o lanche, nossos beijos rápidos e furtivos, nossos segredos! Me lembro até quando inconscientemente trocaste meu nome, chorei muito depois. Nossas fugidas para o que jocosamente chamávamos de crime. Crime? Não, era o amor que fazia-nos esquecer o que causava remorso. Me recordo quando fostes para o seu em transferência e choramos copiosamente, mas, logo precisaram de você e te chamaram de volta. Lembro-me quando fomos incumbidos de organizar aquele evento que possibilitou o nosso encontro várias vezes. Ríamos por qualquer motivo, não tínhamos como fugir da atração  que nos jogava nos braços, um do outro. 


Tínhamos muito ciúmes ou melhor eu tinha razões para isto, aliás, muitas...se lembra quando no meu aniversário me deste uma pulseira? Nunca a usei e me perguntavas o por quê? Não gostastes? E eu te respondia: _guardo como recordação. E hoje vejo valeu a pena, pois, quando estou triste, coloco-a em meu braço e vejo-te dizendo: _é para celebrar nosso primeiro encontro. 


Sempre procurava esquecer nosso problema, mas, ele existia e nos afastava ou melhor fazia-nos tentar terminar, mas o amor vencia sempre...até que, terminei. Hoje, olho para você e vejo-te feliz com a sua família e digo para mim mesma, fiz o certo!


Mas, dentro do meu eu, minha alma tristonha faz com que ao lembrar-me de ti, lágrimas caiam dos meus olhos. Abaixo a cabeça e tristonha balbucio: _fiz o certo, mas, continuo te amando, AMOR DA MINHA VIDA!


(*) Associada, jornalista e colaboradora da Revista da AABB-Rio.

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