08 de Dezembro de 2020

Educação financeira na infância

*Por Jusley Valle


Seu filho sabe lidar com o dinheiro ou é consumista?  


Como você pode abordar o tema finanças com seu filho e ensinar sobre consumo equilibrado?


Assim como as empresas fazem a gestão de suas finanças, as famílias, também, podem e devem fazer das suas, porque manter a balança financeira equilibrada afetará diretamente a qualidade de vida da família.


E quando eu falo de equilíbrio, não me refiro a ter uma conta bancária recheada, não gente. O equilíbrio está ligado à forma como você usa o seu dinheiro, porque de nada adianta você ter muito e gastar muito. 


O ponto a ser observado é quanto e como você gasta dentro do orçamento do qual você dispõe. 


E gente, eu não estou falando nada sobre pensamento de escassez, muito pelo contrário. Saber lidar com dinheiro de uma forma saudável e equilibrada te leva à abundância e à uma vida economicamente saudável. 


Por isso, a pergunta a ser respondida é se é importante conversar com a criança sobre EDUCAÇÃO FINANCEIRA? Sim! Com certeza!


Não há dúvidas de que a educação financeira é importante na vida das pessoas e isso tem se tornado, cada vez mais necessário frente aos desafios atuais e ao consumo consciente. 


Falar com seu filho sobre dinheiro, valor, sobre como gastar ou economizar farão grande diferença na maneira como ele vai aprender a lidar com o dinheiro na fase adulta.


De um modo geral, a responsabilidade financeira da família é partilhada entre os pais, porém, em alguns casos, esse papel fica sob a batuta de uma única pessoa. 


Mas, independente, de quem assume essa responsabilidade, é muito importante que as famílias estejam atentas aos seus gastos, a fim de terem condições de suprir suas necessidades e realizar seus projetos e sonhos. 


Por isso, o envolvimento das crianças é um passo importante, para que elas aprendam o valor positivo do dinheiro e cresçam adultos financeiramente responsáveis.


Mas nem todo mundo mantém uma relação equilibrada com o dinheiro e quem dirá a criança que está em pleno desenvolvimento e que não tem noção sobre valores e custos, não é mesmo?!


Eu acredito que praticar a educação financeira com as crianças é uma ótima oportunidade de ensinar sobre o uso prudente do dinheiro e sobre a gestão que fazemos dele.  


Você, pai, mãe ou cuidador pode transmitir esse conceito para as crianças, utilizando os 5 passos a seguir já a partir dos 5 anos de idade. 


O primeiro deles é ser o exemplo - a criança usará os pais como espelho para suas atitudes e, normalmente, crianças que convivem com pais descontrolados financeiramente seguem o mesmo modelo de relação com suas economias.  Então, cuidado...


O segundo passo é alinhar o discurso - adote um fala de fácil compreensão para a criança. Não cabe explicar sobre inflação ou taxa de juros, porque você estará falando grego pra ela. Jogos de tabuleiro, como Banco Imobiliário, por exemplo, podem ser uma boa opção, para aplicar a linguagem lúdica.  Explique para a criança a noção de valor das coisas: quanto custa, qual o esforço para adquirir, como comprar...


Incentivar a criação de metas é o terceiro passo - o que comprar, para que comprar, quando comprar, quanto economizar, qual o limite de gastos... É muito importante estabelecer tais regras, para gerar autorresponsabilidade na criança e consciência.


Adote o estilo de parentalidade democrático e faça combinados com seu filho. Eu falo em outro vídeo sobre Tipos de Perfil dos Pais, se você se interessar. 


O quarto passo é fazer uma reserva financeira - cultive o hábito de guardar, para motivar a criança a fazer a gestão de suas economias ou mesada, se ela receber. Guardar alguma moedinha, para comprar algo que ela deseje muito. 


E aí meus queridos, luz amarela! Não é o fato ou a quantidade a ser economizada, mas é o ato, a atitude da criança que fará a diferença e que vai construir, aos poucos, essa inteligência financeira.


O quinto e último passo é o consumo sustentável - atenção para o consumismo descontrolado. Não estou falando de extremos, de economia exagerada. Trata-se de exercitar o consumo consciente, o não desperdício e a solidariedade. Refletir sobre o quanto o mundo pede às pessoas (e isso inclui as crianças) que estejam mais atentas ao não desperdício.


Talvez, seja a hora das famílias reverem despesas e elegerem prioridades... 


Por isso, conversar com os filhos sobre finanças passou a ser quase que uma matéria obrigatória no currículo familiar.


Em resumo, minha gente, o que quero dizer é que pais financeiramente equilibrados podem exercer a paternidade em plenitude e ter boa qualidade de vida.


Que tal aproveitar e colocar esse assunto em pauta aí na sua casa? 


Um abraço!


Sobre a autora 


Eu sou Jusley Valle, Consultora Educacional e Fundadora da Academia de Pais Conscientes. 


Atuo como Consultora Educacional, Educadora Parental, Facilitadora para Pais, Analista de Perfil Comportamental, utilizando a Disciplina Positiva, o Coaching Infantil e a Psicologia Positiva e o meu trabalho é apoiar pais, crianças e professores no processo de educação, desenvolvendo habilidades e competências, para lidar com emoções e comportamentos, que tornem nossa vida mais leve e melhorem as relações com ganho de qualidade de vida.


Academia de Pais Conscientes está no Instagram, no Facebook, no YouTube, no Blog, no Spotify e nos meus sites www.academiadepaisconscientes.com/ e www.jusleyvallecoach.com/.


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