31 de Agosto de 2021

Você está falando grego com seus filhos?

*Por Jusley Valle


Às vezes, você tem a impressão de que seus filhos não escutam? Que você fala, fala, fala e eles não estão nem aí?

 

Será que é porque eles não escutam ou você que não está se conectando com eles?

 

A gente se comunica o tempo todo. Na família, na escola, no trabalho, com os amigos, nas relações afetivas. Em todos os momentos e de diversas formas: falando, escrevendo, por gestos e por expressões faciais ou corporais. E assim, também, é com as crianças, mesmo aquelas que ainda não sabem falar e se comunicam pelo choro.

 

Muitas vezes, sem perceber, somos nós que não encontramos a melhor forma de nos comunicar com as crianças. Temos dificuldade em identificar a linguagem e a forma adequadas, para transmitir a mensagem que desejamos passar.

 

Quem de vocês já falou a famosa frase “Meu filho não me escuta?”. Me incluo nessa posição. 

 

Por acaso, vocês já viveram essa mesma situação? Pois é, chega a uma hora que não alcançamos mais a audiência deles e perdemos a conexão.

 

Seja porque viramos um antigo disco arranhado que repete a mesma música ou porque o nosso assunto não faz mais parte do repertório deles ou porque a criança entende a mensagem de outra forma.

 

Precisamos ficar atentos à utilização das palavras e ao tom de voz, porque este cuidado faz toda a diferença.

 

Uma ferramenta super útil é a CNV - Comunicação Não Violenta, que nada mais é do que uma maneira de se comunicar, usando a empatia e a escuta ativa, visando a cooperação e as relações de parceria.

 

Muitas vezes, magoamos o outro sem perceber. Isso é normal e acontece, mesmo quando não queremos. Um simples comentário, mal colocado, afeta a autoestima da criança.

 

Acredito que saber se comunicar de forma respeitosa e com amorosidade ajudam a expressar nossas ideias, facilitando o diálogo e o entendimento da mensagem. E tudo isso é possível, quando você se conhece e consegue gerir suas emoções.

 

Sabia que quanto mais você se conhece, mais se comunica de forma eficiente?

 

Assim, fica mais fácil transmitir o que sentimos, sendo assertivos ao enviar a mensagem, sem magoar o outro. Além disso, pra mim, qualquer assunto pode ser discutido e entendido, quando o canal de comunicação está aberto.

 

Uma prática que adoto é a seguinte:

 

ü  Distinguir entre observações e juízo de valor

ü  Separar sentimentos de opiniões

ü  Identificar necessidades dos interlocutores

ü  Diferenciar pedidos, exigências e ameaças

Não há necessidade de gerar medo nas crianças em falar e expressar suas opiniões. Elas precisam se sentir à vontade e confiar nos pais.

Mas é importante manter a congruência entre o que se diz e o que se faz. Ou seja, não vale o ditado “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, ok?!

Seguindo essas dicas e mantendo o respeito mútuo, tenho certeza de que seus filhos irão ouvir e entender tudo o que vocês querem comunicar.

Um abraço e até o próximo artigo!

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Sobre a autora 

 

 Eu sou Jusley Valle, Consultora Educacional, Educadora Parental e Fundadora da Academia de Pais Conscientes, o canal mais conectado aos pais e às pessoas interessadas em educação positiva.

 

 Na prática, eu ajudo você a se comunicar de forma afetiva, se conhecer e a lidar com as emoções, encontrando soluções para os problemas do dia a dia, trazendo melhoria nas relações dentro de família com ganho de qualidade de vida.

 

 Academia de Pais Conscientes está no Instagram, no Facebook, no YouTube, no Telegram, nas principais plataformas de podcast como Spotify, Apple, Google e no meu Blog, com episódios atualizados em tempo real. Visite os meus sites www.academiadepaisconscientes.com/ e www.jusleyvallecoach.com/

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